Review Dragon Ball Z: Batalha dos Deuses

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Não é muito difícil hoje identificar os grandes animes que arrastam milhões de fãs em eventos, fóruns na internet, fan pages e lojinhas especializadas, isso sem mencionar a avalanche de downloads de series e musicas relacionadas às queridíssimas animações japonesas. Mas olhando um pouco para trás uma multidão também corria, não para os eventos e muito menos para frente do computador, a euforia acontecia na frente da televisão. Por aqui no Brasil mitos animes fizeram alvoroço, e um dos mais importante e influente dessas obras foi sem dúvida Dragon Ball, excelente trabalho de Akira Toriyama que eternizou de vez o mangá e o anime como entretenimento no mundo todo. Mas Toriyama mostrou mesmo a que veio com a célebre faze Dragon Ball Z com uma nova formula em relação ao seu antecessor, muita ação e porrada como todo bom shonen deve ser, provocando a mesma euforia de Cavaleiros do Zodíaco ou Yu Yu Hakusho.

Após o traumático Dragon Ball Evolution de 2009, chega através da distribuição da mesma 20th Century Fox Dragon Ball Z – Batalha dos Deuses contando com a colaboração do mangaká, e dessa vez se trata de mais um filme em animação (ainda bem!) da série com direção de Masahiro Hosoda e roteiro de Yusuke Watanabe. Na trama, que se passam dez anos após a luta contra Majin Boo, o grande Deus da destruição Bills desperta depois de um longo sono, disposto a apurar quem derrotou Freeza e encontrar o Deus Super sayajin a quem vislumbrou durante um sonho profético.Extremamente poderoso Bills ameaça destruir a Terra caso não satisfaça a sua curiosidade a respeito do novo nível do Super sayajin, para tanto o Deus da Destruição vai em busca dos tais sayajins encontrando no pequeno planeta do Sr. kaio Goku, que sempre avido a lutar aceita o desafio sem pestanejar mas acaba sendo surpreendido pelo tamanho poder do Deus, e Vegeta, que para variar esta em treinamento na Terra, e também acaba levando uma boa surra até que descobrem que somente o Super sayajin no nível Deus pode se equiparar ao poder do vilão, e o desafio só aumenta considerando que o inimigo não é apenas um alienígena rancoroso nem um androide maligno mas sim um Deus.Vale ressaltar que Bills rouba boa parte das cenas do filme,tem momentos bem humorados e se revela um vilão bem carismático.

É muito bom rever os personagens novamente reunidos além das referências à série original, as cenas com a participação de Pilaf e seu bando (do Dragon Ball Gokusinho lembra?) são simplesmente hilárias e as risadas irão as alturas com cenas de música e dança inimagináveis com Vegetaalém de ver um shenlong desconcertado, o que não tem preço, em todo o filme permeia um bom tom de comédia, bem acima da media da maioria dos filmes de DBZ. As sequencias de lutas também empolgam, nada daqueles “gifs” da serie original e a animação está boa de um modo geral, embora alguns elementos em CG gere uma artificialidade quando misturada com a animação tradicional. Mas não é só de méritos que o filme é feito, há muita urgência na resolução da história e infelizmente outros personagens, os guerreiros Z, são muito pouco aproveitados e o roteiro acaba por deixar furos e cair em contradição em relação ao fato de o vilão não poder ser percebido por ser um Deus, sendo que o herói não tem dificuldades com os Srs. Kaios que também são deuses. Mas ao final Son Goku prova que sua simpatia pode ser muito mais poderosa que qualquer Genki Dama.

O que fica evidente em tudo isso é que o Japão também sabe reinventar seus heróis (não somente em videogames)assim como o EUA, Super Homem foi criado em 1939 e teve um filme lançado este ano, aliás, o próprio Akira Toryama já admitiu ter se inspirado no homem de aço para criação do mangá. Para quem é fã vale a ida ao cinema, mas Dragon Ball Z já teve filmes melhores. Mesmo assim sempre haverá alguém pronto para ouvir um Kamehameha ou levantar os braços para ajuda-lo a fazer uma Genki Dama. O filme estreia no Brasil no dia11 de outubro de 2013 e contara com a dublagem original da série.

Nota: 7/10

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